
Ciência
26/08/2023 às 06:00•2 min de leitura
Já imaginou como é passar a sua vida se dedicando a explorar o fundo do mar? Embora essa seja uma parte do planeta temida pelos seres humanos, há sempre alguém disposto a ultrapassar quaisquer limites para descobrir novas informações científicas sobre o mundo em que vivemos.
Inclusive, esse é o trabalho praticado por instituições como o Hawaii Undersea Research Lab (HURL), responsáveis pelos submersíveis Pisces IV e Pisces V — que já passaram milhares de horas vagando pelas profundezas do Pacífico. Em seu último trabalho, pesquisadores envolvidos nesse projeto decidiram explorar um vulcão submarino ativo.
(Fonte: Getty Images)
Em entrevista à Smithsonian Mag, o diretor de operações e piloto-chefe dos submersíveis da HURL, Terry Kerby, falou um pouco sobre suas experiências no fundo do mar. Aos 70 anos, o pesquisador é conhecido por ser um dos maiores aventureiros fora da terra firme e acumula uma série de relatos incríveis sobre o que viu em suas missões.
Enquanto explorava a região de Loihi, que em breve se tornará a próxima ilha do Havaí, Kerby observou incríveis penhascos vulcânicos emoldurando a costa leste da região. Os submersíveis pilotados pelo pesquisador possuem 13 toneladas, 6 metros de comprimento e extremidades arredondadas.
O compartimento dos passageiros, também chamado de "casco de pressão", nada mais é do que uma esfera branca posicionada na frente das embarcações — que possuem janela de visualização única em seu centro. Do lado de fora, os submarinos estão equipados com câmeras e sonares de alta definição, luzes, altímetros, longas baterias e todo o tipo de dispositivo necessário para estudar o ambiente escuro do marítimo.
(Fonte: Wikimedia Commons)
De todos os lugares que já conheceu, Loihi é uma das regiões que mais se tornou "íntima" de Kerby. Embora esteja se transformando na próxima ilha do Havaí, o local atualmente é um vulcão submarino com quase 4 km de comprimento de sua base até o cume. Assim como outras ilhas havaianas, Loihi foi criada por uma pluma de magma brotando sob o fundo do mar que eventualmente explodiu.
Kerby fez seu primeiro mergulho na área ainda em 1987, quando ninguém sabia se era uma boa ideia estar perto de um vulcão submarino ativo. Enquanto navegava pela região, o pesquisador podia ver montes de lava negra e depósitos minerais de cor ferrugem. A imagem parecia ser de algum lugar fora da Terra.
Depois desse primeiro mergulho, cientistas criaram um enorme desejo por desbravar ainda mais tal tipo de formação geológica, o que fez com que Kerby se tornasse um especialista nesse tipo de viagem. Não bastasse a paisagem fenomenal, o pesquisador também relatou ter se deparado com todo tipo de criatura marinha.
Em uma de suas missões, ele disse ter sido recebido no fundo do mar com um tubarão-dorminhoco-do-pacífico, uma espécie bem diferente dos seus parentes mais próximos. Afinal, o que espera os humanos no fundo do oceano é bem diferente do que estamos habituados em terra firme.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Viagens submarinas não são exatamente simples e enfrentam um ambiente extremamente inóspito. Ao chegar no fundo do oceano, a água se torna turva e a visibilidade é quase nula. Perto do vulcão submarino ativo, então, cientistas já descobriram fluidos de ventilação saindo de crateras em temperaturas próximas aos 200?°C.
Portanto, para quem decide viver uma vida inteira disso, é necessário ter um espírito aventureiro e viver sempre no limite. Na visão de Kerby, contudo, a experiência é completamente recompensadora e inimaginável.
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