
Estilo de vida
27/08/2024 às 08:00•2 min de leituraAtualizado em 27/08/2024 às 08:00
Um universo onde o tempo corre ao contrário pode soar como uma ideia de ficção científica, mas alguns físicos estão considerando essa possibilidade seriamente. A proposta sugere que o nosso universo teria um "gêmeo" — um antiuniverso — onde o tempo flui para trás. Essa teoria, embora pareça absurda à primeira vista, busca responder a dois grandes mistérios da cosmologia: o destino da antimatéria e a enigmática energia escura que acelera a expansão do cosmos.
Nos primórdios do nosso universo, logo após o Big Bang, acredita-se que quantidades iguais de matéria e antimatéria foram criadas. No entanto, hoje, o cosmos é dominado pela matéria, enquanto a antimatéria parece estar quase ausente.
Se matéria e antimatéria se aniquilam mutuamente ao se encontrarem, por que o universo não foi destruído logo após seu nascimento? A resposta pode estar na existência desse antiuniverso. Se ele realmente existe, a antimatéria pode estar "escondida" nele, inacessível para nós.
A teoria foi sugerida por Naman Kumar, doutorando no Instituto Indiano de Tecnologia. Ele propôs que o universo e seu antiuniverso são como um par inseparável, surgindo simultaneamente no momento do Big Bang. Enquanto nosso universo se expande para frente no tempo, o antiuniverso faz o mesmo, mas para trás. Essa ideia ousada poderia também resolver outro grande mistério: a energia escura.
A energia escura é uma força misteriosa que parece estar acelerando a expansão do universo. Medições de estrelas distantes mostram que, em algum momento, a expansão do cosmos começou a acelerar, um fenômeno que ainda não foi compreendido pelos cientistas.
Portanto, a energia escura é usada como uma explicação provisória para esse comportamento estranho, mas sua natureza exata permanece desconhecida. Kumar sugere que a expansão acelerada do universo pode ser um efeito natural da existência de um universo gêmeo, tornando a energia escura desnecessária.
Essa ideia de antiuniverso não é completamente nova. Outros físicos já propuseram que o universo poderia ter um gêmeo que corre para trás no tempo, com características espelhadas em relação ao nosso. A novidade na proposta de Kumar é que ela se baseia em conceitos de entropia e emaranhamento quântico.
Essencialmente, se o universo e seu antiuniverso surgiram como um par entrelaçado, a expansão natural de ambos pode explicar a aceleração cósmica que observamos, sem precisar recorrer a entidades misteriosas como a energia escura.
Kumar também investigou a ideia de que o nosso universo poderia ser uma "brana" – uma espécie de membrana tridimensional – flutuando em um espaço de dimensões superiores. Nesse cenário, o comportamento da expansão cósmica poderia ser influenciado por tensões nessas dimensões adicionais, oferecendo mais uma forma de explicar a aceleração sem invocar a energia escura.
Embora essa teoria do antiuniverso e das branas seja fascinante, é importante lembrar que, por enquanto, são apenas ideias. A ciência avança por meio de hipóteses e testes, e teorias como essa precisam ser confrontadas com observações. Muitas vezes, o que parece uma solução elegante e intrigante acaba não sendo confirmado pelos dados.
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