Coleção de joias de 3.500 anos é encontrada em antiga necrópole egípcia

03/01/2023 às 02:002 min de leitura

Arqueólogos do Departamento de Arqueologia da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, identificaram artefatos raros da 18ª dinastia egípcia durante escavações no sítio arqueológico de Tell El-Amarna, necrópole nas encostas do rio Nilo. Os registros consistem em um conjunto de joias e datam de 3.500 anos atrás, quando a antiga civilização africana estava sob domínio do faraó Amenófis IV.

De acordo com uma reportagem no The Jerusalem Post, as peças foram encontradas no cemitério ao norte de Amarna, cidade que serviu como capital real quando era conhecida como Akhetaton, em meados de 1.330 a.C. Segundo os pesquisadores, as joias estavam enterradas no túmulo de uma jovem adulta e consistiam em um colar de ouro e três anéis de ouro e pedra-sabão — com um deles possuindo a gravura de Bes, deus egípcio do parto, que era adorado como uma divindade protetora para mães e filhos.

(Fonte: Egyptian Ministry of Tourism and Antiquities/Reprodução)(Fonte: Egyptian Ministry of Tourism and Antiquities/Reprodução)

Os outros anéis, envoltos em uma esteira constituída por tecidos e fibras vegetais, apresentavam inscrições com homenagens à “senhora das duas terras”. O estudo indica que essas gravações fazem referência aos dois reinos do Alto Egito e do Baixo Egito, que se uniram em 3.150 a.C. após uma expensa campanha preparada pelo faraó Menés, o fundador da primeira dinastia.

O projeto Armana

Formalizado em 2005, o projeto Armana deu início a uma série de pesquisas na necrópole egípcia e foi responsável por inúmeras restaurações de relíquias, incluindo documentos dedicados ao deus egípcio do sol, Aton. Isso porque o local abriga inúmeros templos em homenagem à religião chamada atenismo, criada pelo faraó Akhenaton e posteriormente encerrada por seu filho Tutancâmon, que mais tarde abandonou a capital para retornar a Tebas.

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Relíquias sobre o período e sobre a nova religião, que marcou a transição do politeísmo egípcio para um monoteísmo divisivo e polêmico, resultou no armazenamento de diversos objetos de valor e da consequente eliminação do nome de Akhenaton dos registros de governantes. Com a coroação e adoração de Tutancâmon por parte o povo, um símbolo de restauração se disseminou, consolidando um período de retorno às antigas práticas religiosas no país.

Desde então, uma série de descobertas está sendo realizada na região, mudando a compreensão atual sobre a vida dos antigos egípcios. Além das joias em homenagem a deuses e à unificação dos povos, itens de valor como ferros para marcar escravos, queijo armazenado em vasos de barro e múmias com línguas de ouro marcam um período histórico na arqueologia e trazem implicações interessantes sobre como ocorria o seu entendimento de mundo.

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