Por que mulheres vivem mais que homens?

09/11/2021 às 13:302 min de leitura

Independente de qual país no mundo você tenha nascido, saiba que as mulheres costumam viver mais que os homens. De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a média da expectativa de vida ao nascer da população mundial era de 74 anos para as mulheres e de 69 anos para os homens em 2016.

No Brasil, por outro lado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou em 2019 que a expectativa de vida feminina no país era de 80 anos enquanto a masculina era de 73 anos. Mas por que tamanha disparidade entre os sexos? De acordo com a ciência, existem três grandes fatores que contribuem para esse cenário e é sobre eles que falaremos ao longo deste artigo.

Hormônios

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

A puberdade, que também pode ser chamada da fase de amadurecimento sexual, é uma etapa muito importante da vida humana e é marcada pelas mudanças na produção de hormônio entre crianças e adolescentes. Enquanto as mulheres notam um aumento na produção do estrogênio, os homens costumam produzir quantidades maiores de testosterona. 

O estrogênio atua como um "antioxidante" no corpo, uma vez que impede o envelhecimento de nossas células. Conforme já foi visto em experimentos feitos com animais no passado, fêmeas que possuem falta de estrogênio no organismo costumam não viver tanto tempo quanto aquelas com produção normalizada do hormônio — ele facilita a saída do colesterol ruim e protege o coração de doenças.

Por outro lado, a testosterona faz com que o corpo seja maior e provoca mudanças como a voz mais grave e o corpo mais peludo, mas também aumenta a taxa de mortalidade entre os homens. Um estudo feito no século XIX pelo pesquisador Han-Nam Park mostrou que eunucos, castrados antes da puberdade, costumavam viver mais do que um homem médio.

Genética

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Outro grande fator, e talvez o maior, que contribua para a disparidade na expectativa de vida dos gêneros é a questão genética. Sabe-se atualmente que existem cromossomos que determinam o sexo e que as mulheres possuem os cromossomos XX e os homens possuem os cromossomos XY. No entanto, eles teriam diferenças marcantes.

Os cromossomos X costumam carregar uma maior quantidade de genes que ajudam a prolongar a vida, enquanto os cromossomos Y não apresentam a mesma sorte. Defeitos genéticos no cromossomo X, por exemplo, não despertam a mesma preocupação em mulheres pois elas possuem uma "cópia de segurança".

Portanto, os homens se tornam muito mais expostos a certos tipos de problema. Um exemplo semelhante dessa interação que ocorre com o cromossomo X pode ser vista também em outras espécies, como as aves. No caso dessas criaturas, as aves machos são os portadores das duas cópias desse cromossomo e, por isso, costumam viver mais que as fêmeas.

Comportamento

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Na visão da maioria dos especialistas, um fator agravante para a queda na expectativa de vida masculina é o incentivo cultural de muitas regiões para que os homens sejam mais violentos e se comportem de forma mais arriscada do que as mulheres. Sobretudo em países com muitos conflitos armados, a população masculina morre com mais frequência.

Outro dado importante é que mulheres entre 16 e 60 anos possuem a tendência de ir ao médico mais vezes ao longo da vida. Isso faz com que problemas de saúde sejam identificados com maior facilidade e tratados com certa antecipação, evitando agravamento do quadro clínico.

Porém, tudo indica que a forma como o mundo tem progredido deverá aproximar as datas de expectativa de vida para um futuro próximo. Segundo o Imperial College de Londres, estima-se que a diferença da expectativa de vida entre homens e mulheres no Reino Unido seja de apenas 1 ano e nove meses em 2030.

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