Paralisia infantil: 6 fatos para entender a poliomielite

06/10/2022 às 09:223 min de leitura

Transmitida por água ou alimentos contaminados, ou mesmo através do contato com uma pessoa infectada, a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil ou simplesmente pólio, é uma doença viral que pode ser fatal. Com o último caso detectado no Brasil em 1989, e com menos de 15 mil casos anuais registrados em outros países, a doença voltou a reaparecer no Brasil.

A doença é considerada endêmica apenas em dois países. Contudo, nos últimos anos, a taxa de vacinação do público-alvo no Brasil (crianças até 5 anos de idade) tem caído de forma preocupante, deixando milhões de pequenos em risco. Para ajudar a conscientizar a população, confira aqui 6 fatos importantes sobre a pólio.

1. O vírus afeta o sistema nervoso e a medula espinhal

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

A pólio é uma doença que evolui muito rapidamente. O vírus causador, após entrar no organismo, ataca camadas de proteínas e gorduras dos nervos, conhecidas como mielina, impedindo que os nervos enviem e recebam sinais.

Ele pode, também, atingir a medula espinhal e o sistema nervoso, criando o risco de paralisia nos braços e pernas. É importante frisar que, caso isso ocorra, a paralisia é permanente. Ela, inclusive, pode prejudicar músculos respiratórios, tornando-se uma doença com grande potencial para ser fatal.

2. Qualquer pessoa pode ter poliomielite

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Um dos mais importantes presidentes da história dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt contraiu o vírus da pólio quando tinha 39 anos de idade. Esse é um alerta para desmistificar a ideia de que a poliomielite é uma doença infantil. Na realidade, o vírus é capaz de afetar qualquer pessoa, independente da idade.

3. Sintomas iniciais lembram os da gripe

(Fonte: Pexels)(Fonte: Pexels)

Um dos perigos da pólio é que seus sintomas iniciais são muito semelhantes ao de uma gripe normal. Dor de garganta, febre, fadiga, náusea, dores de cabeça e no abdômen podem dar a sensação de caso gripal. A evolução dos sintomas leva à sensação de formigamento nas pernas, paralisia e uma possível meningite.

4. Foi erradicada no Brasil

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

O Brasil viveu um período de número elevado de casos de pólio entre os anos de 1968 e 1989. Dados do Ministério da Saúde apontam que nestes 21 anos o país registrou mais de 26 mil casos da doença. Foi para combater e reduzir estes números que o país criou, em 1980, a primeira campanha nacional de imunização contra a poliomielite.

Se quiser sentir orgulho do Brasil, pode se gabar do fato de termos sido pioneiros em muitas estratégias para o engajamento da população, como os "Dias D", grandes mutirões de vacinação, e o personagem queridinho das crianças, o Zé Gotinha. O último caso registrado da pólio é de 1989 e desde 1994 é considerada uma enfermidade eliminada.

Infelizmente, esse fator também pode ter contribuído com a queda das taxas de vacinação, já que as pessoas deixam de assistir os impactos da doença e acreditam que não há mais como se contaminar.

5. Não há cura para a pólio

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

A poliomielite existiu por milhares de anos como um patógeno endêmico. As primeiras epidemias foram ser registradas apenas em 1880,a partir da Europa e, anos depois, pelos Estados Unidos. A doença foi se espalhar pelo mundo já no século XX e, infelizmente, não possui cura.

No entanto, há tratamentos modernos para aliviar os sintomas e prevenir complicações. Por essa razão, a vacinação contra a pólio é muito importante, já que impede que o vírus se espalhe e atinja pessoas vulneráveis. Pode parecer pouco, mas foram esforços mundiais neste sentido que permitiram que a doença se erradicasse em diferentes países, incluindo o Brasil.

6. A vacina é a melhor proteção

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Há 33 anos, a poliomielite foi considerada uma doença erradicada no Brasil. Essa conquista só foi possível graças a campanhas massivas de vacinação na década de 1980. Foi nesta época que o Governo Federal criou o personagem Zé Gotinha, como parte de esforços no combate à doença. O Ministério da Saúde instituiu os famosos "Dias D", que possuem ampla divulgação e funcionam como um mutirão para a vacinação.

A vacina para a pólio foi criada por Albert Sabin, entrando em uso comercial em 1961. Ela é extremamente segura e 90% eficaz contra o vírus causador da doença. É importante frisar: se você não foi vacinado quando criança, procure um posto de saúde e se vacine: ela pode ser dada em qualquer fase da vida e é gratuita.

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