Ciência
01/02/2023 às 02:00•2 min de leitura
Talvez você nunca tenha ouvido falar deste mineral, mas o selênio é muito importante para o nosso organismo. É um mineral que nosso corpo necessita para se manter saudável, pois ele participa de diversas funções metabólicas. Encontrar informações seguras por meio de artigos científicos e profissionais da saúde pode ser muito importante para você usufruir dos benefícios deste mineral e saber onde encontrá-lo e assim evitar a sua deficiência.
Fontes de selênio. (Fonte: Getty Images)
O selênio é um mineral e um oligoelemento, ou seja, um micronutriente importante à diversos fatores de risco, principalmente aqueles ligados à inflamação, síndrome metabólica, diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão, dislipidemias, câncer, hormônios tireoidianos e sistema imunológico.
Sardinhas
O selênio está presente em diversos alimentos, tanto de origem animal como vegetal, e sua quantidade pode variar segundo as concentrações no solo. Destacando como principais fontes, temos: castanha-do-pará, sardinha, atum, gema de ovo de galinha, feijão preto, farinha de trigo integral, contrafilé, fígado de galinha e camarão.
Além de ser uma das funções biológicas mais conhecidas do selênio, ele é antioxidante devido a uma enzima chamada glutationa peroxidase, que segundo o artigo "Glutationa e enzimas relacionadas: papel biológico e importância em papéis patológicos" é um importante sistema enzimático de defesa contra radicais livres, que possui papel central na biotransformação e na eliminação de xenobióticos (compostos químicos considerados estranhos em nosso organismo), e na defesa do estresse oxidativo.
A deficiência de selênio pode ser causada pela ingestão insuficiente do mineral, pela deficiência na absorção ou por sua biodisponibilidade. Isso tudo, porém, é considerado raro de acontecer. Entretanto, pessoas com tal deficiência apresentam desequilíbrios nas funções realizadas por esse mineral. Alguns sintomas são:
Cansaço e irritabilidade podem ser causados por excesso de selênio. (Fonte: Shutterstock)
A quantidade diária de selênio não deve ultrapassar de 50 a 100 microgramas, porque pode assim resultar em toxicidade no organismo (a deficiência é uma condição rara, já a toxicidade é muito comum de acontecer). Agora, a melhor forma de ingestão é usando o selênio quelado, cuja estrutura molecular permite a absorção pelo organismo.
Desta maneira, ele deve ser consumido por meio de alimentos de origem animal, vegetal ou suplementos orais. Dentre os diversos minerais que ingerimos, o selênio é um dos poucos considerado tóxico, causando desequilíbrios importantes, como queda de cabelo, unha frágil e quebradiça, aborto, infertilidade, fadiga e irritabilidade.
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Marcela Andrade Lopes, colunista semanal do Mega Curioso, é bacharel em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas, bacharel em Nutrição, perita judicial na área da Nutrição e pós-graduanda em Saúde Pública com ênfase em Estratégia Saúde da Família. Ela pode ser encontrada em seu Instagram: @nutrimahandrade.