
Estilo de vida
17/08/2022 às 10:08•2 min de leitura
No final do ano de 1970, a empresa Texas Instrument lançou seu Speak & Spell, um dos primeiros brinquedos inteligentes (smart toys) do mundo. De lá para cá, o mercado global do setor apenas cresceu, em 2020 sendo avaliado em US$ 10, 11 bilhões, conforme dados do Grand View Research, com uma taxa de crescimento anual composta de 16,5% de 2021 a 2028.
Muito disso se deve pelo crescente incentivo e conscientização sobre brinquedos inteligentes através de celulares, tablets e pelas mídias sociais; fazendo clientes adotarem brinquedos baseados em tecnologia. No entanto, com essa massificação, também surgiu o medo de roubo ou coleta de dados.
(Fonte: Snopes/Reprodução)
Em 2014, a boneca Cayla, da empresa angelina Genesis Toys, considerada o Gadget do Ano, que oferecia várias horas de brincadeiras para as crianças, estava coletando e vendendo dados pessoais a terceiros para publicidade direcionada. Houve um pânico quando também foi descoberto que pesquisadores podiam invadir o sistema Bluetooth da boneca e ouvir ou até conversar com as crianças.
Por trás da embalagem convidativa, a boneca foi desenvolvida com uma tecnologia de uma empresa que prestava serviços para agências militares e de inteligência, cuja política de privacidade permitia usar os dados das crianças para aprimorar a tecnologia militar. Assim como muitos dispositivos atualmente, o brinquedo fazia parte da Internet das Coisas (IoT), uma rede de objetos físicos que reúne e transmite dados.
(Fonte: Daily Mail/Reprodução)
A boneca Cayla foi apresentada ao mercado dos brinquedos inteligentes em três modelos (loira, morena e negra), todos carregando a tecnologia de reconhecimento de voz através de aplicativos baixados em celulares Android ou iOS. Ela podia entender e responder a perguntas em tempo real, contar histórias, jogar, compartilhar fotos, cantar e também promover filmes da Disney – visto que a fabricante mantinha uma relação comercial com a megacorporação.
De acordo com uma investigação comandada em 2016 pelo Conselho Norueguês do Consumidor, a Genesis Toys apresentou uma séria falta de compreensão dos direitos das crianças à privacidade e segurança, mostrando que a boneca Cayla não se enquadrava como um produto legal perante as leis da União Europeia.
(Fonte: Bleeping Computer/Reprodução)
Apesar desse golpe público já ter sido o suficiente para desbancar as vendas do brinquedo, uma coalização internacional de grupos de ação do consumidor apresentou uma queixa formal à Comissão Federal de Comércio dos EUA contra a fabricante da Cayla e a Nuance Communications (empresa do software de reconhecimento de voz) no mesmo ano em que foi divulgada a investigação norueguesa. A denúncia deixou claro que o brinquedo era uma ameaça à segurança e proteção das crianças norte-americanas.
Em 2017, o Bundesnetzagentur, agência governamental alemã de vigilância do consumidor, emitiu um comunicado pedindo para que os pais que haviam comprando a boneca Cayla a destruíssem imediatamente, deixando claro que se tratava de um dispositivo de vigilância oculto.
A boneca não se encontra mais em nenhum local, senão no eBay, mas seu aplicativo de reconhecimento de voz não está mais disponível na Apple ou Play Store, tornando o brinquedo "inútil".
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