Ciência
02/02/2023 às 04:23•2 min de leitura
Morreu na manhã do dia 2 de fevereiro a jornalista Glória Maria, uma das mais queridas do Brasil. Durante cinco décadas de carreira, Glória teve uma trajetória repleta de reportagens marcantes e foi pioneira em várias situações, como jornalista e como mulher negra.
Para homenagear a sua vida, contamos 6 fatos incríveis sobre esta grande repórter.
(Fonte: Senado Brasileiro)
A primeira lei brasileira contra o racismo foi criada pelo Congresso Brasileiro em 3 de julho de 1951, e tornava contravenção penal a discriminação por raça. A lei ficou conhecida pelo nome de seu autor, de seu autor, o deputado federal Afonso Arinos de Melo Franco.
Glória Maria se orgulhava de ter sido a primeira pessoa no país a usar a lei. Isso ocorreu nos anos 1970, quando ela foi impedida de entrar na porta da frente de um hotel, quando um gerente disse que "negro não entrava por lá". Ela chamou a polícia e processou o gerente que cometeu o ato racista.
(Fonte: UOL)
Glória ficou muito conhecida por suas reportagens em países exóticos exibidas no Globo Repórter. Ela disse ter perdido a conta de quantos países conheceu, mas que foram pelo menos 156. Além disso, Glória tinha pelo menos 15 passaportes preenchidos de carimbos de suas viagens.
(Fonte: Correio Braziliense)
Glória criou uma "lenda" em torno de si: ela se recusava a revelar sua idade. Na verdade, ela nasceu em 1949 e faleceu aos 73 anos. Mas a curiosidade em torno dela se dava por conta de sua beleza e sua juventude.
Ela concedeu algumas entrevistas em que falava de seus segredos. Glória nunca fez plásticas nem colocou Botox. Mas dizia usar muitos cremes e tomava muitas vitaminas e chás específicos para isso. Ainda usava uma misturinha de cremes baratos que foi criada pelo médico Ivo Pitanguy.
(Fonte: CNN Brasil)
Glória Maria foi realmente uma desbravadora. Só para ser ter uma ideia: ela estreou na TV em 20 de novembro de 1971, virando a primeira repórter negra brasileira. Ela também foi a primeira repórter a fazer um link ao vivo na TV, em 1976, e esteve na primeira transmissão em HD da TV brasileira em 2007, no Fantástico. Também foi a primeira repórter mulher do país a cobrir uma guerra — a das Malvinas, conflito entre a Argentina e a Inglaterra.
(Fonte: Marie Claire)
Mesmo tendo visitado mais de 100 países, Glória Maria assumia suas preferências. Em uma entrevista, ela disse que sua viagem favorita era para a Índia. Ela foi para lá seis vezes e inclusive fez trabalho voluntário por um período.
(Fonte: Correio)
Glória Maria dizia que ser mãe foi a verdadeira "revolução" de sua vida. Ela adotou suas duas filhas, Maria e Laura, em 2009.
A história é curiosa. Glória as conheceu quando fazia um trabalho voluntário em um orfanato em Salvador. Ela primeiro conheceu Maria e se encantou pela menina. Depois, ficou apaixonada por Laura, sem saber que as duas eram irmãs biológicas. Para poder adotá-las, Glória se mudou para a Bahia.
A jornalista dizia ser mãe solo e que estava tudo bem. "Minhas filhas não têm pai, eu decidi tê-las sozinha. Sou eu e ponto. Preciso estar bem para vê-las no balé, nos eventos da escola. O dia em que não puder estar, que morrer, elas terão tudo encaminhado. Vão estudar nos melhores lugares, têm padrinhos maravilhosos. Tá tudo certo", comentou.