Ciência
20/02/2023 às 06:30•3 min de leitura
A existência ou não de Jesus Cristo não é um tema aceito inteiramente sem questionamentos entre aqueles que creem em Deus. Há, por exemplo, religiões que não aceitam certos livros da Bíblia, colocando em dúvida a história do Homem que deu início a um dos mais fortes movimentos de fé.
O cristianismo, desta forma, tem sido tema de escrutínio científico por historiadores teológicos, cristãos e não cristãos, bem como de pesquisadores científicos dos mais diversos campos. As evidências que atestariam a existência do "Filho de Deus" possuem interrogações. Separamos algumas das que foram questionadas. Confira:
(Fonte: Wikimedia Commons)
O Santo Sudário, também chamado de Sudário de Turim, é uma das relíquias sobre Jesus Cristo mais cultuadas e famosas de todos os tempos. Ele consiste em um pedaço de pano de linho, onde se vê o negativo da imagem de um homem, a quem a Igreja sempre disse ser o "Filho de Deus". O tecido teria envolvido o corpo de Cristo logo após sua crucificação.
Na Bíblia, no Novo Testamento, é possível encontrar referências a um sudário. Hoje, ele reside na capela da Catedral de Turim, para onde foi no ano de 1578. Em 1998, uma datação por radiocarbono foi feita mostrando que o material teria sido fabricado entre 1260 e 1390, o que coincide com o primeiro registro documental do sudário.
(Fonte: Unsplash)
Chamada pelos cristãos de Vera Cruz, ela seria a cruz em que Jesus teria sido crucificado. Perdida após o ato, pode ter sido encontrada pela imperatriz Helena de Constantinopla, em uma viagem à Terra Santa. A aferição de que se tratava, realmente, da cruz onde Jesus havia sido pregado, teria ocorrido mediante um milagre.
Pedaços dela foram espalhados pela Europa, sendo que algumas capelas em Paris e Roma ainda os guardam. No entanto, não existem registros de que a imperatriz estivesse na região onde foram feitas as escavações que encontraram os pedaços de madeira.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Espalhados em igrejas de toda a Europa, os pregos da cruz são considerados relíquias importantíssimas para o cristianismo, pois teriam sido utilizados na crucificação de Jesus Cristo. Eles teriam sido descobertos em uma tumba de mais de 2000 anos em Jerusalém, que pode ter pertencido ao sumo sacerdote Caifás e, segundo o cristianismo, ele foi responsável pelo julgamento de Cristo.
São cerca de trinta pregos cuja autenticidade não é confiável, até porque estudiosos afirmam que no máximo quatro tenham sido utilizados no "Filho de Deus". Estudiosos afirmam que seria preciso ter permissão da Igreja Católica para fazer testes nestes pregos, o que possibilitaria identificar reproduções feitas de modo consciente.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Conhecido como códices cristãos, o conjunto de setenta livros de metal, escritos em código e fundidos em chumbo, foi encontrado na Jordânia, em 2011. Por um curto período, foram considerados os primeiros documentos cristãos feitos após a morte de Jesus.
O material passou por uma análise elaborada por um projeto televisivo da emissora britânica BBC, que mostrou que se tratava de uma mistura de dialetos anacrônicos e imagens forjadas nos últimos 50 anos. Isso sepultou, inclusive, a carreira dos historiadores que afirmavam que o material seria verdadeiro.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Encontrados em um sítio arqueológico na Cisjordânia, a noroeste do Mar Morto, em 1940, uma coleção de centenas de fragmentos de textos foram considerados um material muito importante, que poderia oferecer evidências da existência de Jesus Cristo.
O material foi redigido entre 150 a.C. e 70 d.C. e está guardado no Santuário do Livro, dentro do Museu de Israel. Apesar da datação mostrar que se trata de material antigo, não há consenso entre historiadores e pesquisadores sobre a veracidade de seu conteúdo, já que não há outros documentos que comprovem os fatos narrados em trechos deles.