Ciência
05/12/2024 às 06:00•2 min de leituraAtualizado em 05/12/2024 às 06:00
O fim do ano é realmente mágico! As luzes piscando nas ruas, o cheiro de comida caseira e, claro, aquelas músicas que começam a tocar em todos os lugares, desde os shoppings até o rádio do carro.
No Brasil, assim como em muitos outros países, as músicas natalinas têm um jeito especial de entrar no clima de celebração. Quem nunca se pegou cantando “Então é Natal”, de Simone, ou dançando ao som de “All I Want for Christmas Is You”, da Mariah Carey? Mas, o que será que essas melodias têm que as fazem soar tão... natalinas?
As músicas de Natal têm raízes profundas nas tradições cristãs, e, como não poderia deixar de ser, tudo começou dentro da igreja. Um exemplo clássico é “Noite Feliz” (Stille Nacht, Heilige Nacht), composta em 1818, na Áustria, por Joseph Mohr e Franz Xaver Gruber.
A canção nasceu em um período difícil, marcado por guerras, mas conseguiu transcender fronteiras. Hoje, é cantada em mais de 300 idiomas — e é praticamente impossível passar um Natal sem a ouvir.
Mas, nem tudo no repertório natalino tem origem religiosa. Lá na Idade Média, na Inglaterra e na Espanha, surgiram os carols e villancicos, músicas populares que inicialmente não tinham nenhuma relação com o Natal. Só a partir do século 15 é que essas canções começaram a entrar no clima natalino.
O que seria das músicas de Natal sem os famosos sinos? Junto a harpas e coros infantis, eles ajudam a criar aquela sensação de magia que a gente associa ao fim do ano. Esses sons têm raízes nas tradições europeias, cheias de neve e trenós, o que, convenhamos, não tem nada a ver com nosso verão tropical, mas, de alguma forma, funcionam aqui também.
Pegue “Jingle Bells” como exemplo. Apesar de não mencionar diretamente o Natal, a música traz uma sonoridade tão característica que acabou se tornando um clássico da data. O segredo? Os sinos de trenó, que remetem a invernos no hemisfério norte, quando trenós puxados por cavalos eram comuns.
E não é só nos timbres que o Natal se revela. A simplicidade das melodias é um ponto essencial. Essas músicas são feitas para serem cantadas em grupo, seja em uma festa familiar, seja em uma celebração comunitária. A ideia é que todo mundo possa acompanhar.
Por aqui, as músicas natalinas ganharam um charme todo especial. Um exemplo icônico é “Então é Natal”, de Simone, a versão brasileira de “Happy Xmas (War Is Over)”, de John Lennon. Apesar de ser alvo de memes e até brincadeiras, a verdade é que essa música se tornou um hino nacional.
Com letras que falam de família e esperança, essas músicas ajudam a criar um clima de união. É como se, por alguns minutos, estivéssemos todos conectados pelo mesmo espírito de celebração.
Então, na próxima vez que ouvir aquele clássico natalino, aproveite para entrar no clima, cantar junto e sentir a magia do Natal que, em cada acorde, traz uma boa dose de alegria.