Artes/cultura
04/05/2024 às 13:00•2 min de leituraAtualizado em 04/05/2024 às 13:00
Assim como os egípcios construíam pirâmides para abrigar os corpos de seus faraós, povos antigos de outras regiões também ergueram estruturas impressionantes para o descanso eterno de seus líderes. Uma delas é o Mausoléu de Halicarnasso, o túmulo do rei Mausolo de Cária.
Considerada uma das 7 Maravilhas do Mundo Antigo, a tumba de mais de 40 m de altura ficava na antiga cidade de Halicarnasso, atualmente Bodrum, na Turquia. O monumento começou a ser construído após a morte de Mausolo, em 353 a.C., para receber os restos mortais do governante.
Triste com a morte do marido, a rainha Artemísia II, que também era irmã dele, decidiu homenageá-lo com a maior e mais luxuosa tumba do mundo até então. O prédio enorme apresentava um visual mesclando influências do design grego, egípcio e do Antigo Oriente.
Ela não poupou esforços para construir a estrutura de mármore, contratando alguns dos principais profissionais da época, como os arquitetos gregos Sátiro e Pitis. A ideia era que o monumento celebrasse a vida de Mausolo enquanto destacava suas crenças em relação à vida após a morte.
Ocupando uma área com mais de 1.200 m² em uma colina com vista panorâmica para a cidade, o Mausoléu de Halicarnasso possuía paredes adornadas com mais de 400 esculturas de pessoas, animais e carruagens. Estátuas de deuses gregos e guerreiros a cavalo também faziam parte da decoração.
A tumba com o corpo do rei ficava em uma plataforma no alto, cuja escada era ladeada por estátuas de leões, enquanto o túmulo era protegido por guerreiros de pedra. A área contava com 36 colunas e tinha telhado em forma de pirâmide, onde havia uma carruagem carregando estátuas dos monarcas.
Estima-se que 30 mil homens tenham trabalhado na construção do monumento funerário, gastando 10 anos para finalizar a obra. A palavra mausoléu, inclusive, passou a ser usada como sinônimo de túmulos imponentes a partir daqui. Artemísia II não viu o edifício pronto, pois morreu antes do término da construção.
A tumba de Mausolo se manteve intacta durante aproximadamente 1.500 anos, mas foi destruída aos poucos, em diferentes eventos. Terremotos que atingiram a região entre os séculos XI e XV levaram à derrubada do monumento, com as pedras restantes sendo usadas na construção de casas e do Castelo de São Pedro, na vizinhança.
Os restos do Mausoléu de Halicarnasso foram descobertos em 1856 e algumas peças que resistiram à destruição acabaram levadas para o Museu Britânico, onde estão em exposição. Na área em que ficava a estrutura há apenas pedras e partes das colunas originais, mas as ruínas ainda recebem visitantes.