Rússia na América? As 6 ex-colônias russas nos Estados Unidos

19/06/2024 às 09:003 min de leituraAtualizado em 19/06/2024 às 09:00

Quando falamos de colonialismo na América do Norte, logo pensamos nos impérios britânico, espanhol, francês e até português. No entanto, um capítulo menos conhecido dessa história envolve a Rússia. Sim, os russos também tiveram suas aventuras coloniais na América, e elas vão além do Alasca, chegando até à famosa Califórnia.

As seis ex-colônias que traremos a seguir mostra que o império russo não estava para brincadeira na sua aventura pelo Pacífico. 

1. Fort Elizabeth

A proximidade dos continentes facilitava a chegada dos russos. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)
A proximidade dos continentes facilitava a chegada dos russos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Vamos começar com uma tentativa audaciosa e um tanto exótica: Fort Elizabeth no Havaí. Em 1818, George Schaeffer, um empresário russo-alemão, tentou estabelecer uma presença russa no arquipélago havaiano. Ele até conseguiu um acordo de proteção com o chefe Kaumualii. 

Contudo, o czar Alexandre I recusou-se a ratificar o tratado, e a colônia nunca decolou. Hoje, Fort Elizabeth é mais uma curiosidade histórica do que um ponto de referência da América russa.

2. Península de Kenai

Russos aportaram na península de Kenai. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)
Russos aportaram na Península de Kenai. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Descendo um pouco mais ao norte, encontramos a Península de Kenai, no sul do Alasca. Este foi um dos primeiros lugares onde os russos fincaram bandeira. No século XVIII, a exploração começou focada na caça e comércio de peles, com lontras marinhas sendo particularmente valiosas. A península serviu como base para futuras expedições, contribuindo para o avanço da colonização russa no Alasca.

3. Ilhas Aleutianas

Ilhas Aleutianas (área destacada) fazem parte do Alasca. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)
Ilhas Aleutianas (área destacada) fazem parte do Alasca. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)

As Ilhas Aleutianas são um arquipélago que se estende da ponta sudoeste do Alasca em direção ao Pacífico. Descobertas por Vitus Bering em 1741, tornaram-se rapidamente um centro de caça de lontras marinhas. 

A interação entre os russos e os nativos aleutas foi intensa, com os aleutas se tornando caçadores essenciais para o comércio de peles. Este arquipélago desempenhou um papel estratégico no estabelecimento e manutenção da presença russa na região.

4. Fort Ross

Fort Ross, uma colônia russa na Califórnia.
Fort Ross, uma colônia russa na Califórnia. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Chegando à ensolarada Califórnia, encontramos Fort Ross, fundado em 1812. Esta foi uma das tentativas russas de expandir para além do Alasca, buscando novas fontes de peles e alimentos. Localizado nas terras do povo Pomo, Fort Ross foi um experimento ambicioso, mas enfrentou dificuldades econômicas e políticas

Em 1841, foi vendido a John Sutter, um cidadão mexicano, marcando o fim da presença russa na Califórnia. A venda se deu porque manter a colônia estava ficando cada vez mais caro, tornando inviável para o império russo. No entanto, Fort Ross ainda é lembrado como um marco da América russa no sul.

5. Sitka

Sitka hoje é uma famosa cidade do Alasca. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)
Sitka hoje é uma famosa cidade no estado americano do Alasca. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Subindo na lista de importância, temos Novo Arcanjo, hoje conhecida como Sitka. Fundada em 1808, Sitka tornou-se a capital da América russa e um dos portos mais importantes do Pacífico Norte.

Sitka era um centro cosmopolita, com uma comunidade diversificada que incluía russos, nativos do Alasca e outros povos indígenas. Além de ser um núcleo administrativo, Sitka foi palco da famosa Batalha de Sitka em 1804, um grande conflito entre russos e os nativos Tlingit.

6. Alasca

O gélido Alasca aproxima a Rússia da América do Norte. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)
O gélido Alasca aproxima a Rússia da América do Norte. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Finalmente, chegamos ao verdadeiro tesouro da América russa: o Alasca. 

Desde as expedições de Vitus Bering no século XVIII, os russos estavam de olho nas riquezas naturais da região, especialmente as peles de lontra marinha. Em 1799, foi fundada a Companhia Russo-americana, que monopolizou a exploração dos recursos naturais. Embora o Alasca fosse uma periferia remota do império russo, tornou-se economicamente significativo. 

No entanto, devido a questões financeiras e militares, a Rússia vendeu o Alasca para os Estados Unidos em 1867 por US$ 7,2 milhões, uma soma que parece irrisória considerando o valor futuro da região.

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