
Estilo de vida
31/08/2023 às 03:00•2 min de leitura
Uma sabedoria que adquirimos por filmes de cowboys ensina como tratar uma mordida de cobra se estivermos no campo, em uma área isolada, ou mesmo em uma floresta. Basta aplicar um torniquete na ferida, cortar no local com uma faca, chupar o veneno e cuspir, diria John Wayne. A questão é: será que essa ação radical, que funciona no filme, daria certo na vida real?
Embora possa parecer pouco frequente, cerca de 5,4 milhões de pessoas são picadas por cobras todos os anos no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Dessas vítimas, algo entre 81 mil e 138 mil morrem. Esse número de óbitos sugere que ou o tratamento é pouco eficaz, ou as pessoas não o aplicam corretamente.
Mas a verdade é que esse método de "cortar e sugar" já foi rejeitado pela ciência há mais de vinte anos. Um estudo publicado em 2002 no The New England Journal of Medicine concluiu que a ação de cortar, sugar ou mesmo interromper o fluxo sanguíneo na região de uma mordida de cobra pode não só danificar nervos e vasos, como também causar infecção.
(Fonte: Africa Health organization)
Atualmente, a recomendação em caso de mordida de cobra é: não tocar na ferida e levar a vítima a um atendimento médico mais próximo.
De acordo com a Clínica Mayo, dos EUA, as rotinas incluem: se afastar da cobra (mas memorizá-la ou até fotografá-la se possível); manter a calma; remover joias, relógios e roupas apertadas antes que o inchaço comece; sentar ou deitar para que a mordida fique em posição confortável; e limpá-la com água e sabão, enrolando-a frouxamente com curativo limpo e seco.
Entre os principais cuidados, a instituição remenda: não usar torniquete nem aplicar gelo, não cortar a ferida para tirar o veneno, não beber cafeína ou álcool e nem tomar medicamentos analgésicos, como aspirina, ibuprofeno, naproxeno sódico ou outros que aumentem o risco de sangramento.
(Fonte: GettyImages)
Além de terem uma cabeça triangular e mais larga em relação ao corpo (devido às glândulas de veneno), as cobras venenosas têm pupilas com fendas verticais, como as dos gatos, enquanto as não venenosas têm pupilas redondas. Outro detalhe importante é o formato da mordida: as de cobras venenosas deixam marcas profundas, enquanto as de não venenosas deixam uma espécie de anel em forma de ferradura.
Além disso, é importante saber que cerca de 25% das picadas de cobras venenosas são "secas", ou seja, sem veneno. Isso ocorre, segundo os especialistas, porque as serpentes controlam a quantidade de veneno a ser liberado. Se você parecer, para a cobra, bem maior, ela provavelmente "economizará" veneno para presas menores.
Mas, mesmo em caso de inoculação do veneno, as chances de sobrevivência são excelentes, desde que você chegue ao hospital dentro de algumas horas.
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