Estilo de vida
15/07/2020 às 03:00•1 min de leitura
Enquanto a maioria das pessoas aguarda, ansiosamente, uma vacina contra a covid-19, outro tipo de vacina que também vai fazer a diferença na vida de muitas pessoas está sendo desenvolvida na Austrália.
Uma pesquisa do Translation Research Institute, em parceria com a Universidade de Queensland, criou uma nova fórmula que atua contra vários tipos de câncer.
"Nossa vacina é composta de anticorpos humanos em fusão com proteínas específicas dos tumores", explica a pesquisadora que liderou o estudo, Kristen Radford, em nota. Dessa forma, a vacina contra o câncer atua de forma semelhante àquelas usadas para outras doenças: ela estimula uma resposta do sistema imunológico, que fica preparado para quando o câncer de verdade surgir.
A pesquisadora também disse ter esperança de que essa vacina possa ser usada para tratar doenças no sangue (como leucemia e linfoma não-Hodgkin), além de cânceres de mama, pulmão, rins, ovários e pâncreas, além do glioblastoma (um tipo de tumor maligno, no cérebro). A ideia é que a vacina seja usada não apenas para impedir o avanço dos tumores, mas também prevenir o surgimento deles.
A equipe que está desenvolvendo a vacina contra o câncer (Fonte: Translational Research Institute)
A descoberta australiana é um grande avanço em relação a outras vacinas para câncer que já estão sendo desenvolvidas, uma vez que pode tratar vários tipos de tumores de uma vez e ser fabricada em grande escala. Isso pode diminuir os custos de tratamento e as limitações logísticas que inviabilizam certas vacinas.
Além disso, segundo os pesquisadores, a vacina foca nas células-chave para desencadear a resposta imunológica do organismo, o que aumenta as chances do tratamento ser efetivo e diminui os efeitos colaterais.
Por enquanto, foram feitos testes pré-clínicos, em células humanas e em ratos modificados. A vacina ainda precisa de mais etapas de pesquisa — como os testes clínicos, em humanos —, antes de chegar ao mercado. Mas os resultados publicados até agora já são bastante promissores, não é mesmo?