Comer placenta é uma prática natural ou é maluquice?

12/05/2021 às 15:052 min de leitura

O hábito de comer a placenta após o parto é comum em quase todos os mamíferos, exceto entre os humanos e aqueles que vivem no ambiente aquático. Apesar disso, o número de mulheres apostando na prática cresceu bastante ao longo da última década, em todo o mundo.

As mães que comem a placenta, como é o caso da apresentadora Fernanda Lima, que no domingo (9) revelou ter ingerido o órgão após o nascimento da filha Maria Manoela, em 2019, acreditam que a prática possa prevenir a depressão pós-parto. Também há relatos de aumento da produção de leite e diminuição das dores.

Conhecido como placentofagia, o hábito de comer o órgão depois do parto, entre os animais, é associado a uma tática de defesa, evitando alertar os predadores sobre a presença de um recém-nascido vulnerável. Já no caso dos humanos, acredita-se que as mães podem aproveitar os nutrientes e os hormônios ao consumi-lo, conforme os defensores da prática.

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

A ingestão pode acontecer de diferentes formas, incluindo o consumo da placenta crua. Há ainda as mulheres que optam por misturá-la a bebidas como smoothie, cozinhá-la ou por ingerir as cápsulas de placenta. Esta última é uma das mais populares atualmente, com as mães chegando a tomar várias unidades por dia.

Médicos não recomendam a placentofagia

Comer placenta faz bem? Ao contrário do que dizem os defensores do hábito, os médicos não indicam o consumo do órgão, de nenhuma das formas de preparo, pois não há comprovação científica da existência dos supostos benefícios oferecidos por ela.

Além de não ter encontrado evidências de que o consumo da placenta proteja contra depressão pós-parto, auxilie na amamentação ou reduza as dores, alguns estudos a respeito do tema já demonstraram a possibilidade do acúmulo de substâncias potencialmente tóxicas nela. Elas surgem durante a transferência de substâncias entre a mãe e o bebê.

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Outras pesquisas também apontaram que algumas substâncias biologicamente ativas encontradas no material se perdem durante o processo de encapsulamento, geralmente realizado a altas temperaturas. 

E há ainda a possibilidade de contaminação das cápsulas, como um caso relatado nos Estados Unidos em 2017. Uma mãe que consumiu pílulas contaminadas com a bactéria Streptococcus agalactiae infectou o bebê enquanto o amamentava.

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