China trabalha em usina eólica com a maior capacidade energética do planeta

20/02/2023 às 08:002 min de leitura

Com planos ambiciosos para os próximos anos, a estatal China State Shipbuilding Corporation (CSSC) anunciou a construção da maior e mais poderosa usina eólica da história. Desenvolvido em parceria com a Haizhuang Wind Power, o parque terá a capacidade de alcançar 18 MW por milhares de turbinas potentes, operando entre 75 e 185 quilômetros da costa local e em um campo de aproximadamente 10 quilômetros de extensão.

Segundo a companhia com sede em Chongqing, a solução de vento offshore consiste em uma mega instalação com uma turbina superior de três pás com quase 260 metros de diâmetro. Seus principais componentes são 99% produzidos nacionalmente e permitiriam uma geração de surpreendentes 44,8 quilowatts-hora de eletricidade sob velocidade eólica total a cada giro. Com isso, estima-se que o empreendimento conseguiria abastecer até 13 milhões de residências — aproximadamente todo o território da Noruega, por exemplo.

CSSC Haizhuang Wind Power(Fonte: CSSC Haizhuang Wind Power/Reprodução)

Engenheiros responsáveis pelo projeto apontam que as estruturas abrangerão uma área equivalente a sete campos de futebol, com a intenção de "estabelecer uma base sólida para o desenvolvimento da indústria eólica offshore [em alto mar]".

Devido ao local onde as turbinas ficarão instaladas, acredita-se que a operação funcionará entre 43% e 49% do tempo. No momento, a primeira unidade está com construção bem adiantada e o parque está planejado para ser concluído após o ano de 2025. 

Planejamento sustentável para 2060

(Fonte: CSSC Haizhuang Wind Power/Reprodução)(Fonte: CSSC Haizhuang Wind Power/Reprodução)

A estratégia do governo chinês visa seguir os planos de sustentabilidade agendados para as próximas décadas. Atualmente, o país corresponde a mais da metade da capacidade eólica onshore e offshore de todo o planeta — mais de 830 GW produzidos — e também possui a maior quantidade de instalações no setor. Com isso, estima-se que um terço de sua eletricidade seja derivada de fontes renováveis até 2025.

O custo para alcançar tais metas não será baixo, apesar de os valores não terem sido divulgados. Porém, de acordo com as análises logísticas e de produção, o investimento parece valer o esforço e mira projetos ambiciosos a longo prazo. Até o ano de 2060, o país deseja atingir o zero líquido em relação à geração de eletricidade, e vê na usina eólica um caminho viável para concluir essa etapa. 

Segundo comunicado, o parque reduziria o custo nominal, se comparado ao de seus correspondentes, em "centenas de milhões de yuans", segundo a taxa de câmbio atual — cerca de R$ 75 milhões, em conversão direta. Com isso, o consumo de carvão será reduzido em 25 mil toneladas por ano, enquanto a emissão de dióxido de carbono sofrerá uma queda de 61 mil toneladas por ano. Esse projeto, então, seria visualizado como “um novo marco” na indústria global eólica.

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