Artes/cultura
17/12/2023 às 07:00•2 min de leitura
Já aconteceu de você acordar no meio de uma noite tremendo e suando, só apenas para perceber que está presenciando uma febre alta? Esse aumento temporário na temperatura corporal humana costuma surgir quando o sistema de defesa do corpo combate uma infecção, mas também pode ser desencadeada por outras coisas, como doenças autoimunes, artrite reumatoide ou efeito colateral de certos medicamentos.
Em geral, a temperatura do nosso corpo varia ligeiramente de um dia para o outro e de pessoa para pessoa. Porém, o normal é ser mantida em torno de 37 °C, o que cria um ambiente perfeito para que nossas células funcionem de forma eficiente. Quem trabalha como termostato é a parte do cérebro chamada hipotálamo, monitorando constantemente a temperatura do corpo e girando os mostradores internos para controlá-los na temperatura correta.
(Fonte: Getty Images)
Durante uma infecção, quando nossas células imunológicas detectam invasores estranhos — como bactérias ou vírus —, elas liberam substâncias químicas indutoras de febre chamadas pirogênios. Esses produtos químicos viajam para o cérebro, onde atuam nos neurônios sensíveis à temperatura no hipotálamo.
Esse é o primeiro sinal que nosso corpo recebe dizendo que é a hora para aumentar a temperatura. Como resultado, esses neurônios liberam substâncias semelhantes a hormônios, chamadas prostaglandinas, para girar o botão do termostato do corpo e iniciar a febre. Normalmente, uma febre é considerada quando você atinge temperaturas superiores a 38 °C.
O hipotálamo pode aumentar a temperatura corporal de várias maneiras. Por exemplo, faz com que os vasos sanguíneos se contraiam, o que reduz a quantidade de calor que se dissipa pela superfície da pele. Também induz tremores para gerar o máximo de calor possível. Esses processos fisiológicos fazem parte coletivamente da primeira linha de defesa do corpo contra infecções.
(Fonte: Getty Images)
Uma possível razão para a necessidade do corpo se aquecer durante infecções é que torna mais difícil a replicação de bactérias ou vírus na tentativa de infectar nossas células. Uma temperatura corporal elevada também pode transformar o sistema imunológico em uma "máquina de combate" mais eficiente.
Por exemplo, quando estamos mais quentes, as células produzem proteínas de choque térmico (HSPs), que ativam as vias imunológicas para combater infecções. As HSPs são normalmente reguladas positivamente pelas células durante a inflamação, à medida que o corpo se esforça para se proteger contra invasores estranhos.
Se você estiver preocupado com seus sintomas ou se eles não parecem estar melhorando, a melhor ideia é entrar em contato com um médico. Febres muito altas também podem gerar convulsões, que costumam durar apenas alguns minutos e geralmente são inofensivas.
Aumentar a temperatura corporal durante uma febre exige muito esforço do seu corpo. Estudos mostram que você gasta 10% a mais de energia do que normalmente usaria para manter a temperatura para cada aumento de 1 °C. Portanto, é importante estar bem descansado e sempre continuar se hidratando.