Ciência
07/09/2021 às 13:00•2 min de leitura
Antoine-Laurent Lavoisier (1743-1794) foi o responsável por mudar para sempre os conceitos e a maneira como a química era praticada até então.
Aos 28 anos, já tinha consolidado sua posição social e econômica. Nascido em uma família próspera, ganhou ainda mais dinheiro comprando parte da General Farm, uma empresa privada que cobrava impostos para o governo.
O químico e sua esposa.
Foi nessa época que se casou com Marie-Anne Pierrette Paulze, uma menina de 14 anos. Com o tempo, além de companheira, Anne se tornaria uma importante assistente e colega de trabalho de Lavoisier.
Em 1774, Joseph Priestley descobriu um novo gás. Unindo os estudos de Priestley e suas próprias análises, Lavoisier conseguiu demonstrar que o tal gás era essencial para existir o processo de combustão. Batizou a novidade de oxigênio.
Além disso, ele provou que o oxigênio era o gás que respiramos e que fazia parte do ar atmosférico. Também concluiu que o ar atmosférico era composto de oxigênio misturado a outro gás que não estava envolvido na combustão. Hoje sabemos que ele se referia ao nitrogênio.
A composição do oxigênio intrigava Lavoisier.
É de Lavoisier o enunciado que diz “Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. A lei de conservação de massa dispõe que a massa dos produtos em uma reação é igual à massa dos reagentes, ou seja, nenhuma massa é perdida em uma reação química.
Já em 1783 o químico mostrou que duas partes de hidrogênio e uma de oxigênio era o que formava a composição da água.
Em 1789 ele apresentou o Tratado Elementar de Química, um guia que incluía uma tabela com 55 elementos acompanhados de seus nomes antigos e novos. A nova nomenclatura foi fundamental para deixar de lado a linguagem confusa e obscura usada. Por exemplo, o Vitriolo de Vênus passou a ser chamado sulfato de cobre.
A Revolução Francesa começou no ano de 1789. Lavoisier até tentou ficar distante do que estava acontecendo. Mas por trabalhar como cobrador de impostos e ter ganhado dinheiro com uma empresa do ramo, foi rotulado como traidor. Curiosamente, um ano após cortar a cabeça do químico, o governo francês disse que as acusações que causaram sua morte eram falsas.
(Fonte: Acesse Piauí/Reprodução)