
Estilo de vida
05/12/2022 às 09:00•2 min de leitura
Séculos após navegar pelos oceanos em busca de terras e riquezas, Portugal parece estar se preparando para devolver os tesouros tomados de suas ex-colônias. A notícia foi revelada na última sexta-feira (25) em publicação no semanário Expresso, onde Pedro Adão e Silva, o ministro da Cultura de Portugal, anunciou que o país pretende preparar uma lista com todos os tesouros sob seu poder para que possam ser devolvidos às suas respectivas nações.
Entre os séculos XV e XIX, os portugueses exploraram terras longínquas e acumularam diversas colônias na África, na Ásia e na América do Sul, incluindo o Brasil. Nos séculos XV e XVI, Portugal era uma verdadeira potência e, graças à expansão marítima, suas frotas colonizadoras rendaram ao país o título de primeiro império global.
Ministro da Cultura vai chamar museus e academia “com discrição”, para fazer uma lista de património a devolver “aos locais de origem”. Numa entrevista política, critica a FIFA https://t.co/3jg6DA7FET
— Expresso (@expresso) November 25, 2022
O inventário dos tesouros sob seu poder será feito em breve, resultando em um relatório detalhado com cada item a ser devolvido às ex-colônias. O processo, porém, pode ser bastante demorado, dado que o levantamento não será nada simples de se realizar.
De acordo com o jornal O Globo, a historiadora Isabel de Castro Henriques comentou sobre a complexidade do assunto em uma entrevista concedida à Agência Lusa em 2020. Segundo ela, "tudo identificado como pilhado ou roubado deve ser devolvido, mas não é fácil saber se foram pilhados, trocados, vendidos ou oferecidos."
A nota publicada no periódico Expresso explica que os tesouros "são obras de arte, bens culturais, objetos de culto e até restos mortais ou ossadas retiradas das suas comunidades originais". O inventário com as riquezas tomadas de outros países séculos atrás deve ser efetuado com o auxílio de acadêmicos e diretores de museus.
O passado da nação portuguesa é assunto delicado no país. O Padrão dos Descobrimentos, monumento que exalta a navegação e os colonizadores, já foi vandalizado. Posteriormente, ainda em 2021, o marco dos 60 anos do início da guerra de independência de Angola gerou discussões sobre a colonização, trazendo à tona a polarização da sociedade em Portugal.
Monumento exaltando os colonizadores foi vandalizado em 2021
Adão e Silva não planeja transformar o procedimento em algo mais polêmico do que já é, afirmando que "[a] forma eficaz para tratar este tema é com reflexão, discrição e alguma reserva". Como o tema é bastante polêmico, ele afirmou ainda que "[a] pior forma de tratar este tema é criar um debate público polarizado, não contem comigo para isso".
Por fim, o ministro português reforçou que o trabalho necessita da ajuda dos "museus e a academia de uma inventariação mais fina, e posso garantir que esse trabalho será feito".
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