Artes/cultura
06/01/2022 às 07:00•3 min de leitura
Nós, seres humanos, adoramos uma boa história, não importa se elas são reais ou inventadas. Desde pequenininhos, quando ouvíamos os contos de fadas, amamos nos engajar a uma história bem contada. E você já notou que os lugares também podem carregar boas narrativas?
Selecionamos aqui 6 lugares com boas histórias para contar. Confira a nossa lista.
(Fonte: Research Gate/Reprodução)
A pequena cidade de Fudai, que fica a 500 km de Tóquio, tem uma história inacreditável. Ela foi vitimada por dois tsunamis e centenas de seus moradores foram mortos quase que imediatamente. O então prefeito de Fudai, Kotaku Wamura, achou que algo precisava ser feito.
Para proteger a cidade de futuros tsunamis, o prefeito mandou construir um muro de cerca de 15 metros, para proteger os portos marítimos de Fudai contra ondas gigantes. Ele foi construído entre os anos de 1972 e 1984 e teve um custo de 30 milhões de dólares. Nesse período, o prefeito foi duramente acusado pelos locais de estar desperdiçando dinheiro público.
No entanto, quando um tsunami ocorreu em 2004, atingindo as costas de 14 países e matando quase 300 mil pessoas, Fudai não sofreu nenhuma perda. Por conta disso, os moradores da cidade passaram a fazer romarias ao túmulo do prefeito Wamura como forma de agradecimento.
(Fonte: Adobe Stock)
Em 1986, uma família se mudou para uma casa na cidade de Saint Quentin, na França. Depois de um mês, coisas estranhas passaram a acontecer: eles começaram a ouvir gemidos vindos do térreo, e barulhos de panela batendo na cozinha.
Passou-se mais um tempo, e a esposa viu algo que mudaria a vida de todos. Algo pingava das paredes da cozinha. O marido supôs que era apenas tinta velha, mas a substância começou a pingar em outros cômodos da casa. A família, então, resolveu chamar a polícia e foi confirmado: era sangue humano.
A família se mudou da casa, mas deixou uma “armadilha”: colocou pequenas quantidades de farinha no piso, para que, caso alguém entrasse lá, deixasse marcas de seus sapatos. Quando eles voltaram, a farinha continuava intacta, mas as paredes seguiam sangrando.
Resolveram, então, tomar uma atitude menos científica. Eles chamaram um padre, que diagnosticou a casa como “amaldiçoada”. Anos depois, a casa foi derrubada e, embaixo dela, foram encontrados cerca de 50 cadáveres de soldados que lutaram na Primeira Guerra Mundial.
(Fonte: Hideo in Japan/Reprodução)
Na floresta de Aokigahara, localizada na base do Monte Fuji, no Japão, está a Caverna de Gelo de Narusawa — uma formação natural repleta de pilares de gelo. Ela foi criada após uma erupção de um vulcão no Monte Fuji, há cerca de 1,5 mil anos, e permanece inteira até hoje (dá até para visitá-la).
Uma curiosidade sobre esta Caverna de Gelo é que ela foi usada para conservar alimentos muito antes de as geladeiras serem inventadas. Durante os séculos XVII e XIX, o gelo costumava ser cortado de suas paredes para ser enviado para a residência do shogun (como era chamado o maior comandante do exército), que ficava a 150 km dali, em Tóquio.
(Fonte: Wikipedia/Reprodução)
Na Ilha de Yttygran, Sibéria, há um ponto turístico inusitado: um cemitério de baleias. Acredita-se que esse cemitério foi criado há cerca de 600 anos, quando povos nativos teriam matado os mamíferos para usar sua gordura e carne.
Os ossos das baleias foram cravados no solo do local, assim como seus maxilares, costelas e colunas vertebrais, que estão lá até hoje. O interessante é que esses ossos parecem “organizados”: seus crânios foram enfileirados, assim como as mandíbulas e as costelas. Há alguns indícios que estes restos foram armazenados para fins religiosos.
(Fonte: Vice/Reprodução)
Na remota ilha de Tanna, localizada em Vanuatu, um estado insular da Melanésia, parte da população tem uma crença bastante curiosa. Eles prestam devoção a um soldado americano que lutou na Segunda Guerra Mundial chamado John Frum.
Todo dia 15 de fevereiro os nativos da ilha fazem homenagens a Frum na expectativa de que ele traga bênçãos a eles. Estas “bênçãos”, na verdade, são bens materiais como carros, remédios, televisões e Coca-Cola. Mas há uma condição: para serem abençoados nesta religião, eles precisam rejeitar todos os aspectos culturais e materiais da Europa, continente que os colonizou.
(Fonte: Histórias de Terror/Reprodução)
Praga, a capital da República Tcheca, é um dos destinos mais desejados dos turistas que visitam a Europa. Dentre os vários pontos para visitar na cidade, está o local onde foi instalado o famoso relógio astronômico de Praga, no ano de 1410.
Esse é considerado o relógio mais antigo ainda em funcionamento. Além de ser esteticamente belíssimo, ele não marca apenas as horas: também registra as fases da lua e o movimento das estrelas. Além disso, ele é decorado com estátuas — que simbolizam a Vaidade, a Ganância, a Luxúria e a Morte — que se movimentam parcialmente com o passar das horas.
O relógio ainda carrega várias lendas. Uma delas é que seu criador, um mestre relojoeiro chamado Hanuš, teria sido cegado após a construção do relógio para que ele nunca mais pudesse reproduzir sua obra-prima em outros locais.