Ciência
30/04/2023 às 13:00•2 min de leitura
Um museu é uma instituição sem fins lucrativos destinada para a conservação do patrimônio cultural da humanidade, independente de qual seja ele. Muitos objetos estranhos podem ser colecionados por museus. Por isso, é até compreensível que um sujeito tenha aberto na Islândia um... Museu do Pênis.
O Icelandic Phallological Museum (em português, Museu Falológico Islandês) foi fundado em 1997 pelo professor de história Sigurður Hjartarson, e está desde então hospedado em Reykjavik, capital da Islândia. Seu acervo reúne mais de 600 falos de 160 diferentes espécies de animais – a maior parte deles, de baleias.
Além de preservar os pênis, o Museu Falológico também reúne outras "peças", como testículos, espermatozóides, ossos e prepúcios. Dentre os animais que estão representados ali, além das baleias, estão camundongos, morsas, touros, cordeiros e até seres humanos. Isto porque um idoso que morreu com 95 anos em 2011 destinou seu membro ao museu em seu testamento.
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(Fonte: The Icelandic Phallological Museum/Reprodução)
A "faloteca" do professor Sigurður Hjartarson se iniciou em 1974. Ele estava em um bar com os amigos e conversava sobre o aproveitamento dos corpos dos animais pela pecuária, quando alguém se questionou sobre qual seria a utilidade do pênis.
Meio que por brincadeira, Hjartarson começou então a colecionar os falos, e seus colegas passaram a presenteá-lo com estas peças. O primeiro elemento da coleção foi um pênis de touro. O professor iniciou então uma busca de novos itens para sua coleção e começou a estudar formas para fazer a melhor preservação dos órgãos.
Certa vez, ele declarou que, embora inusitada, sua coleção era bem normal. "Colecionar pênis é como colecionar qualquer outra coisa. Você nunca pode parar, você sempre pode conseguir um novo, um melhor", afirmou.
(Fonte: The Icelandic Phallological Museum/Reprodução)
Em 1997, sua coleção tinha 63 peças, e surgiu então a ideia de exibi-la em um pequeno espaço. Em 2011, o filho de Sigurður Hjartarson assume a gestão do museu, que passa a ocupar um lugar maior, obtendo mais destaque e recebendo mais doações.
O local tem uma boa visitação: em 2018, recebeu mais de 90 mil pessoas. Entre os turistas, há muitos médicos e biólogos interessados em conhecer a história e a anatomia deste órgão.
(Fonte: The Icelandic Phallological Museum/Reprodução)
Quem visita o museu pode ver ao vivo várias peças interessantes. O maior item é o pênis de uma baleia cachalote, que tem cerca de 2 metros de comprimento. Já a menor peça é o pênis de um camundongo, que precisa ser olhado com o uso de uma lupa.
Além do pênis do idoso, recebido em 2011, há também a promessa de uma doação futura de dois homens bem-dotados que querem direcionar seus órgãos ao museu, depois que morrerem. Como são jovens, isto deve levar ainda um bom tempo para acontecer.
A visita ao Museu Falológico também traz outras atrações aos visitantes. O espaço conta com um bar e bistrô, onde são servidos waffles, doces e cervejas artesanais com nomes divertidos, como Big Cock Ale, Dick Johnson, Moby Dick Pale (Wh)ale e Phallic Pilsner. Sem dúvida, vale a pena dar uma passada por lá na sua próxima visita à Islândia.