
Estilo de vida
19/06/2024 às 16:00•3 min de leituraAtualizado em 19/06/2024 às 16:00
Até parece coisa de filme de espionagem, mas a família real britânica possui o curioso hábito de utilizar codinomes quando os membros vão realizar algo e não desejam ser identificados. A prática não é nova: ela começou pelo avô do Rei Charles III, George VI. De acordo com especialistas, a principal razão é aumentar a segurança da realeza.
Mas há outras razões para eles usarem codinomes. As causas podem envolver, por exemplo, o planejamento de uma viagem ao exterior feita com antecedência. Também pode ser para a elaboração de arranjos para casamentos reais e coroações, bem como protocolos em caso de falecimento de um membro da família.
A história dos codinomes reais começou com o Rei George VI, em razão de seu falecimento. No dia 6 de fevereiro de 1952, o secretário particular do rei, Sir Alan Lascelles, entrou em contato com o primeiro-ministro, Winston Churchill, para comunicar a morte do monarca, como manda o protocolo.
Para manter a discrição, ele escolheu um termo secreto: Hyde Park Corner, um importante entroncamento rodoviário no centro de Londres, próximo ao Palácio de Buckingham. De acordo com especialistas, a criação de um código secreto teve como objetivo impedir que as telefonistas de Buckingham soubesse da morte do rei antes da própria família real.
Anos mais tarde, a esposa de George VI, a Rainha Elizabeth, a Rainha Mãe, também teve sua morte comunicada utilizando um codinome. Falecida aos 101 anos em 2002, recebeu o nome de uma das pontes mais famosas do Reino Unido, a Ponte Tay. Para dar início à organização do funeral e anunciar aos familiares, a Operação Tay Bridge foi iniciada com o comunicado à realeza e ao primeiro-ministro Tony Blair.
Tay é uma ponte ferroviária que atravessa o Firth of Tay, no sudoeste da Escócia, e conecta a cidade de Fife a Dundee. Apesar da semelhança no nome, ela não é a Tay Road Bridge, ponte inaugurada pela Rainha Mãe em 1966.
No falecimento da Rainha Elizabeth II, também coube ao seu secretário particular a responsabilidade de informar a primeira-ministra. Sir Edward Young ligou para Liz Truss e comunicou a fatídica notícia usando o código "London Bridge is down" – "Ponte de Londres caiu", em tradução literal. A partir daquele instante, um rígido protocolo entrou em ação, envolvendo até mesmo funcionário da BBC, a emissora de TV inglesa.
No caso da morte da Rainha Elizabeth II, outro codinome foi usado: Unicórnio. Isso porque a monarca faleceu fora de Londres, em sua residência pessoal em Aberdeenshire, na Escócia. O procedimento para cobrir uma fatalidade com a realeza no país vizinho recebe esse nome pelo unicórnio ser um antigo símbolo heráldico da dinastia escocesa Stuart, presente no brasão britânico.
Mas, em vida, a Rainha Elizabeth II mantinha um codinome para manter atividades sem chamar atenção para sua presença. No círculo íntimo, compreendido por sua equipe de serviços e de segurança, a rainha era chamada de Sharon.
É possível que o agora Rei Charles III tenha seu codinome modificado. Contudo, quando era somente o Príncipe de Gales, ganhou o codinome de Menai Bridge, referência à majestosa ponte suspensa do século XIX que liga a ilha de Anglesey ao País de Gales.
Em 1988, quando esquiava na Suíça aproveitando as férias, Charles viu uma avalanche atingir a estância onde estava. Naquele dia, o protocolo Menai Bridge foi implementado, para o caso de o monarca falecer.
Em uma única situação conhecida, o codinome Unicórnio foi usado para Charles. Foi durante uma viagem aos Estados Unidos, em 1971. Na sua coroação, o protocolo posto em prática foi a Operação Golden Orb, referência a um dos símbolos da soberania usados na cerimônia.
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