Ciência
17/07/2021 às 12:00•2 min de leitura
Conforme a idade vai avançando, é comum que as pessoas comecem a apresentar problemas de saúde, que podem ser doenças físicas ou mentais. O comprometimento da memória e a dificuldade em manter o funcionamento cognitivo podem ser indícios de demência.
Mas, isso não significa que, necessariamente, o idoso apresenta Alzheimer. Em 2019, no Brasil, havia mais de 29 milhões de pessoas acima dos 60 anos, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desses, acredita-se que quase 2 milhões tenham demências, sendo que cerca de 40 a 60% pode ser do tipo Alzheimer.
A demência é o termo utilizado para descrever o declínio na capacidade mental como resultado na diminuição do funcionamento das células cerebrais, que interferem nas atividades normais. Isso significa que a pessoa tem a capacidade de raciocínio, memorização e habilidades cognitivas afetadas, ou seja, o termo demência é utilizado quando a pessoa apresenta sintomas de uma doença que causa degeneração cognitiva.
Assim, a demência pode ser causada por uma série de condições, como acidentes vasculares cerebrais (AVC), doença de Parkinson, problemas na tireoide ou deficiência de vitaminas. Para diagnosticar a demência, o médico procura deficiência ou alteração em duas áreas: desorientação, desorganização, linguagem, humor, personalidade e memória. Casos de irritabilidade e depressão também podem ser indícios de demência.
Uma pessoa com Alzheimer tem demência, mas nem todas as pessoas com demência têm Alzheimer. (Fonte: Freepik/Reprodução)
Identificado pela primeira vez pelo Dr. Alois Alzheimer em 1906, a doença pode começar com problemas de memória e evoluir para confusões mentais, causando dificuldades em ações como engolir e andar. No Alzheimer, as células cerebrais podem ser afetadas por fragmentos de proteínas beta-amiloides e proteínas tau, conhecidas como “placas e emaranhados” que interferem na forma como as células se comunicam umas com as outras. Os médicos diagnosticam o Alzheimer quando a deficiência é gradual e continua a piorar.
A distinção pode não parecer importante, mas o tratamento para ambas as situações pode variar. Enquanto para o Alzheimer não existe cura — existem poucos medicamentos farmacêuticos para a doença e os tratamentos focam na tentativa de diminuir a progressão da doença — no caso da demência: antidepressivos, suplementação ou outros tratamentos podem mitigar os sintomas.
Os tratamentos para a demência e Alzheimer são diferentes. Por isso, o diagnóstico correto é fundamental. (Fonte: Freepik/Reprodução)
Assim, podemos dizer que a causa mais comum de demência é a doença de Alzheimer, mas não devemos generalizar a condição de demência. Vale lembrar que algum esquecimento é esperado com a idade, mas se problemas de memória estão interferindo as atividades diárias do idoso, é melhor procurar um médico para correta avaliação.