Ciência
30/04/2021 às 08:00•3 min de leitura
Já diz o ditado: "de perto, ninguém é normal". A diferença é que algumas pessoas já não parecem normais nem de longe... Com alguma frequência, esse é o caso dos artistas: entre cantores, escritores, pintores e todas as outras áreas da criatividade, não faltam exemplos de pessoas geniais com atitudes estranhas. Conheça algumas delas:
Todo mundo que trabalha com criação por alguns momentos de bloqueio, em que a produção simplesmente não flui. Algumas pessoas saem para caminhar, outras ouvem música ou meditam... Mas Dan Brown, autor de best-sellers como O Código Da Vinci, tem um método um pouco diferente para lidar com isso: ficar de cabeça para baixo.
Ele coloca botas de inversão (um método geralmente usado como exercício ou para aliviar dores nas costas) para ficar de cabeça para baixo. Segundo Brown, esse técnica ajuda a clarear a mente e faz o sangue fluir para o cérebro. Então tá...
Fonte: Americanas.com
Obras de arte, de modo geral, são feitas para nos fazer refletir — e, portanto, podem ter infinitos significados. Por isso, pode parecer meio bobo perguntar "qual o significado desse quadro?" para um pintor. Ainda mais se ele for Pablo Picasso, famoso por obras muito originais e repletas de significado, como Guernica e Les Demoiselles D'Avignon.
Diz a lenda que o artista espanhol odiava tanto essas perguntas que ele começou a carregar uma arma e "atirar" nas pessoas que as faziam. Bom, pelo menos a arma não era carregada. Ao que consta, o costume foi inspirado por um escritor francês.
Fonte: Wikimedia Commons
Diz a lenda que Goethe, um dos mais famosos escritores alemães da história, ficou estupefato quando foi visitar seu amigo Schiller e viu maçãs podres na escrivaninha dele. Como Schiller não estava em casa, Goethe perguntou à esposa do escritor o porquê daquilo, já que o cheiro era horrível.
Charlotte Schiller explicou, então, que o cheiro era uma inspiração para seu marido, que se tornava mais produtivo em meio às maçãs podres. Que tal guardar umas maçãs para testar se esse método funciona com você?
Fonte: Merriam-Webster
Salvador Dali e suas pinturas surrealistas são peculiares por si só, não é mesmo? Mas esse hábito adiciona mais uma camada de estranheza ao pintor espanhol. Ele gostava de tirar sonecas, mas não para descansar e, sim, para estimular o estado de hipnagogia.
A hipnagogia é um estado de consciência entre a vigília e o sono, que dura pouco tempo, mas permite que os sonhos — e todas as suas ideias originais — venham à mente, embora a pessoa esteja consciente para lembrar deles.
Fonte: Wikimedia Commons
Muitas pessoas escrevem em papel, outras preferem o teclado do computador e algumas gostam mesmo da boa e velha máquina de escrever... Porém a maioria dos escritores acha mais cômodo trabalhar sentado. Não é o caso de Virginia Woolf.
Embora outros autores, como Charles Dickens e Ernest Hemingway, também escrevessem de pé, eles faziam isso apenas por conforto. A motivação de Virginia, por outro lado, era se comparar com sua irmã: Vanessa Bell era uma famosa pintora, que ficava o dia todo de pé em frente às suas telas. A escritora sentia que seu ofício podia parecer menos árduo, então escrevia em pé para "se nivelar" com a irmã.
Gloria Perez é uma dramaturga brasileira também conhecida por escrever todos os capítulos de suas novelas em pé. Será que ela se inspirou em Virginia Woolf?
Fonte: SP Review
Comparado a tantos costumes estranhos nessa lista, a "mania" de Pablo Neruda até parece bem normal. O poeta chileno escrevia apenas com tinta verde já que essa é a cor que representa a esperança.
Já eu, redator desse texto, não consegui pensar em nenhum costume muito estranho que eu tenha em relação à minha escrita... Será que eu devo começar a escrever de pé, com tinta verde?