Artes/cultura
09/06/2023 às 02:00•2 min de leitura
Depois de anos de pandemia, ouvir alguém tossir nas proximidades já liga um sinal de alerta: o sintoma, embora comum em pacientes com a covid-19, também é associado a diferentes tipos de infecções respiratórias.
Em casos de gripes ou resfriados, por exemplo, a tosse vem e passa com a doença. Porém, há casos em que o paciente já está curado, mas continua tossindo por períodos prolongados. Nestes casos, por que isto acontece?
Existem três tipos de tosse que podem surgir devido a problemas no sistema respiratório: a aguda, a subaguda e a crônica. No caso da aguda, o sintoma desaparece assim que a doença (como gripe, rinite e infecção bacteriana, por exemplo) é curada, geralmente durando cerca de 3 semanas. Nos outros dois casos, porém, a pessoa pode continuar tossindo por muito mais tempo.
Tosses subagudas e a crônicas podem levar o paciente a ter sintomas por semanas e até meses
Tosses subagudas podem durar entre 3 e 8 semanas, sendo causadas por casos de tuberculose, coqueluche ou após uma infecção das vias respiratórias causadas, sendo por exemplo uma sequela da Covid-19. Já a tosse crônica é aquela que chega a durar mais do que 8 semanas, sendo comum em casos de síndrome do gotejamento pós-nasal e asma, mas também pode ser um indicativo de câncer de pulmão.
De qualquer forma, tanto a tosse subaguda quanto a crônica devem sempre ser avaliadas por um médico para descobrir o motivo do sintoma e buscar o melhor tratamento.
Em casos de tosse persistente, é sempre importante se consultar com um médico para descobrir as causas do sintoma e potenciais formas de tratamento
Segundo o professor de medicina Kyle B. Enfield, da University of Virginia, nos Estados Unidos, a tosse pós-infecciosa é uma variação da subaguda que atinge muitas pessoas após uma infecção das vias respiratórias. Ele explica que ela pode durar por semanas e até meses, podendo até evoluir para um quadro de tosse crônica. Embora a grande maioria dos adultos se recuperem de quadros de tosse aguda e subaguda naturalmente, quando isto não acontece é recomendado procurar ajuda médica.
Também é possível aliviar os sintomas com soluções caseiras, como chás de limão e mel, de camomila, erva doce e erva cidreira, por exemplo. Também é recomendado beber bastante líquidos, principalmente água, pois ajuda a dissolver o muco que causa irritação nas vias respiratórias. Porém, estas soluções paliativas não substituem a necessidade de uma consulta médica, que fará a indicação do tratamento adequado.
A tosse é uma espécie de mecanismo de defesa do pulmão. Quando associada a doenças e infecções nas vias respiratórias, geralmente se dá pelo acúmulo de muco e da irritação dos cílios que cobrem o revestimento interno dos brônquios. Isto causa um reflexo automático do corpo, que tenta expelir o muco e quaisquer materiais estranhos acumulados nas vias.
Tosse
Quando o muco é expelido, é importante avaliar sua tonalidade e espessura. Quando mais claro e aquoso, geralmente é associado a asma, alergias e infecções virais, além da irritação causada pelo fumo. Caso a secreção seja um pouco mais espessa e de tom amarelado ou esverdeado, é possível que a pessoa esteja passando por um caso de sinusite, bronquite ou até pneumonia, sendo recomendado uma consulta médica.
Já a secreção expelida em tom marrom ou vermelho é um indicativo de presença de sangue. Isto sugere que o paciente possa estar passando por irritações graves, como quadros de tuberculose, pneumonia ou até mesmo câncer de pulmão. Sendo assim, é essencial buscar auxílio médico especializado o quanto antes.